Encontros de Pedro e Inês VIII

Coimbra, julho 2012

Sinto-me sozinha e não te quero escrever. Mas estou sozinha. Logo, continuo a preencher este espaço em branco.
Hoje estive calada, eu sei, mas pensei ter falado contigo por cem silêncios diferentes. Não, não é fácil entender-me. Sou pior que um cubo de rubik, sim!
Hoje, queria que existisses num abraço. Só precisava daquele abraço que milhentas vezes me deixou surpreendida. Andas a guardá-los? Ou talvez a afastá-los de mim? Simplesmente, precisava de "fazer minha, a tua força".
Hoje perguntaram-me se estava bem. Eu disse que sim. Voltaram a insistir. Respondi que não: não mas não quero falar sobre isso. Não é nada grave. Pode não ser grave mas é importante para estares assim. Só pude sorrir perante o que acabara de ouvir. Gostava que tivesses sido tu a perguntar, respondia-te o mesmo. Não por mal mas porque não costumo sobrecarregar os outros com este tipo de coisas. Eventualmente passam, portanto para quê falar sobre isso? Certo?
Hoje, tenho ciúmes. Ontem também já os tinha por isso não é novidade! Costumam dizer: Mas se tens ciúmes então sim, gostas realmente. Será? Mas o que é isso de gostar? Eu digo que gosto mas na realidade não gosto! Umas vezes não gosto minimamente pelo que dizer que gosto é mentir. Noutras é muito mais que isso. So much more than that...
Hoje, ainda vou ser fraca e dizer coisas que possivelmente não queres ouvir ou que simplesmente eu não devia proferir.

Sempre,

Inês.