7.6.12

Desabafos de um Cérebro Cansado

Contigo, devia ser fácil. Tudo devia ser da maneira que eu quero. Simplesmente porque a maneira que eu quero é das mais perfeitas. Nada é perfeito apenas nos podemos aproximar desse alvo, era o que dirias. Com muita verdade!
Parece que estás sempre a escapar das coisas difíceis. Não te queres comprometer. Mas acima de tudo, não queres comprometer o teu futuro. Queres sair sem remorsos, imaculado, do que quer que aconteça lá mais à frente. Posso estar enganada, não seria a primeira vez e decerto não será a última. É o que transmites maior parte das vezes, resta saber se intencionalmente ou inconscientemente. Não quero saber.
És uma pessoa boa. És aquele que imagino e nada posso fazer senão esperar por mais. Esperar que uma fenda se abra para eu poder, finalmente, entrar e tomar o que é meu, não por direito, somente por desejo.
Mas hoje, em particular, sinto o meu coração apertadinho como antes. Já não me lembrava de tal. Tenho andado lá em cima a voar por tanto, tanto tempo que nem vejo o que me está a acontecer. Tenho essa tendência, esquecer-me de mim. 

Coração meu, perdoa.

Perdoa de todas as vezes que te mandei calar.
Perdoa cada chicotada que levaste e perante a qual não fiz frente. 
Perdoa toda a cola que te pus. 
Perdoa de cada vez que deixei alguém te fazer sentir menos Coração do que aquilo que naturalmente és.
Perdoa todas as questões que me colocaste e que eu sadicamente ignorei.
Perdoa as esperanças que te enviei. Peço desculpa por todos os momentos que me avisaram para parar e eu decidi, qual ditador, que estavam enganados.
Perdoa pela minha cegueira, luxúria, pelos meus caprichos, pelas minhas inseguranças, pelas minhas vontades.
Tinhas razão. No fim. 
Coração bom, no final tinhas razão. Consegues ouvir aí em baixo?! Tinhas razão...
Perdoa, sim?

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