Escrita a 11 de Dezembro de 2011
23:40
Olhava em volta à procura das chaves do carro quando reparou num envelope branco estrategicamente colocado em cima da mesa de jantar. Ao ler o seu nome lá inscrito só conseguiu pensar numa palavra. Uma graça, Inês...
E de facto, de todas as pessoas que conhecia, só essa Inês era nostálgica o suficiente para escrever uma carta. Porque já ninguém as escreve. Ninguém perde tempo a escrever palavras reflectidas.
Enquanto rasgava o envelope podia-se notar no rosto do nosso Pedro aquele toque de curiosidade, aquele sorriso esperançoso, sorriso bom. Ele tinha a certeza que tinha sido a Inês e provou-se verdade assim que leu as primeiras linhas...
Coimbra, 11 de Dezembro de 2011
Pedro,
no dia em que chegar junto a ti e te abraçar mesmo antes de te dizer olá, entende. Entende que preciso de ti. E se por momentos eu nada disser, não forces. Se calhar não preciso que digas nada, só preciso que me ampares quando caio em ti. Se chorar, deixa-me, não perguntes. Permite-me só abraçar-te e fazer minha, a tua força.
Sinceramente,
Inês.
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