Mas quem a viu naquela noite reparou que aquele olhar só existia para aquela pessoa à sua frente. Ela via os olhos dele tal e qual como via as estrelas perdidas no céu nocturno, com uma atenção meiga porém acutilante. Perdia tempo, tempo imenso, a perscrutar cada milímetro daqueles olhos e no entanto... No entanto, nunca a vi mais apagada. Tudo brilhava, cada cor mais forte do que nunca, mas ela... Tão cinzenta, tão difusa, tão perdida.
Senti uma necessidade imensa de ir ter com ela. Queria recuperar-lhe a luz. Contudo, quando caminhava ao seu encontro, ela reparou em mim.
Olhou-me. Entendeu. Fechou os olhos e sorriu. Quando os abriu para os meus continuava a sorrir. Foi a minha vez de entender. Voltei a sentar-me e deixei-a. Talvez fosse o melhor. Cada um caminha ao seu ritmo, cada um enfrenta os seus problemas como quer e ela prefere enfrentá-los sozinha. Eu percebi… Sorrimos.
(Já é um início...)
(Já é um início...)
adoro mariana . :)
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