27.2.11

Palavras soltas I

Existem momentos, instantes breves em que me sinto genuinamente bem. Verdadeiramente em paz. Sabem tão bem. São cada vez mais, é fantástico. 
Porém, existe sempre aquele pequeno bichinho adormecido que, de vez em quando, remói o meu peito... Pequenos buraquinhos ele faz e por esses buraquinhos uma brisa atravessa deixando-me a tremer de vazio. Vazio frio, sem alma, sem sentido, sem nada, só vazio e mais vazio. Sabem tão mal. São cada vez menos, é fantástico. Mas são cada vez mais dilacerantes, cada vez mais penetrantes... 
Este bichinho faz-me crescer, faz-me ver o que antes não via, sentir o que antes não sentia. É mau? É. Mas também é essencial.
Nada em nós, em mim, é definitivo. Nada do que vês é intemporal. Tudo tem um fim porque tudo teve um início. Outras coisas começam quando umas saturam e terminam. Se coisas melhores, coisas piores, iguais, ninguém sabe. Mas todos sabem que nenhum dia é igual ao anterior e que nenhum de nós permanece intacto ao passar dos minutos.
Quando estou sozinha não me sinto verdadeira, não me sinto eu. Por isso abomino a solidão. Não é aquela solidão mórbida, essa acho que nunca experienciei. São mais aqueles momentos de despedida em que depois de um serão com os teus indispensáveis a única coisa a fazer é ficar sozinha, sentada na tua cama, no teu sofá... sei lá. Não sou mulher de despedidas nem de ficar sozinha. Isto é certo.
Quando sair daqui tem de ser para uma casa cheia senão dou em doida. Em última análise se não houver ninguém para encher a casa compro um bicho fofo, sempre é uma companhia ^^



Confuso... eu sei. É um texto solto. Não é para perceber no seu todo mas nas suas partes, quaisquer que elas sejam.

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