Fazes-me falta...

Falta-me a inspiração, faltam-me as palavras...

Gostava que soubesses, que compreendesses! Tudo isto que sinto, este turbilhão, este mar revolto, este bicho que vive dentro de mim! 

Bolas! 

Porquê é que não entendes? Como é que não consegues ver? 

Eu não te consigo dizer... Não sou boa com palavras faladas, já to disse... E tu bem sabes! Sabes, porque sentiste cada palavra que te escrevi como se estivesse a sair do teu corpo, arrancada a ferros, navalhas, ganchos... 

Escrevo só para ti:

Quando estou só, quero-te. 

Quando estou contigo, quero-te. 

Quando finalmente te tenho e te afastas sinto que os momentos partilhados foram efémeros! Queria MAIS, quero mais... Mais tempo contigo, mais palavras gastas com a certeza de que as ouves, mas acima de tudo, de que as sentes! Mais toques! Mais olhares cúmplices! Quero sentir mais arrepios quando me tocas daquele teu jeito provocador!

   

Somente não te quero pela metade! Quero-te todo! 

  

Vejo a minha razão a fugir enquanto escrevo... Só tu consegues ter este impacto em mim... Não gosto nada, mas não posso evitar.

  

Não és a razão da minha existência. Mas não posso mentir e dizer que fico bem quando te sinto longe, a milhas de distância de mim... É nesses momentos que imagino a minha vida sem ti e que, finalmente, encaro a realidade de frente. Então percebo o teu verdadeiro impacto sobre a minha essência. Sem ti perco o chão... Perco o céu... Perco o horizonte... Afundo-me... 

   

Mas não faz mal... Alguém há-de ir em meu auxílio. Sei disso *

  

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